Abertura não oficial do carnaval reúne foliões no Rio de Janeiro

Abertura não oficial do carnaval reúne foliões no Rio de Janeiro


Abertura não oficial do carnaval reúne foliões no Rio de Janeiro

Em cada esquina, um bloco: esse é o espírito da abertura não oficial do carnaval do Rio de Janeiro, que reúne milhares de foliões, do Aterro do Flamengo à região da Praça XV, no centro. São cerca de 30 blocos, e a maioria prefere desfilar de forma não oficial, ou seja, sem participar do processo de cadastramento da prefeitura.ebc Abertura não oficial do carnaval reúne foliões no Rio de Janeiroebc Abertura não oficial do carnaval reúne foliões no Rio de Janeiro

O músico Guto Souza, que toca tuba em blocos há mais de dez anos, explica o porquê: “É um encontro de amigos e de músicos que estão tocando de forma informal, sem ser um trabalho. A gente sempre tenta fugir da multidão.”

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Os tocadores de tuba

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 Alexandre da Albergaria, Diojaime Viana e Guto Souza, na abertura não oficial do carnaval do Rio

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 – Tomaz Silva/Agência Brasil

Neste domingo, por exemplo, ao chegar à

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 Praça XV, Guto encontrou dois amigos, que também tocam tuba, e estavam aguardando a hora de se apresentar. O tamanho do instrumento impressiona, mas Diojaime Viana diz que não consegue largar: “A gente não tem juízo, é um instrumento que pesa 14 quilos, mas se o bloco tem uma tuba é porque a banda é boa. Se alguém saiu de casa com um instrumento desse, pra tocar na rua, significa que ele não está ali só passeando. Ele quer se encontrar com os amigos e ter momentos bem divertidos.”

Outra presença

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 já tornou tradicional nos blocos cariocas são as pernaltas: foliãs que desfilam com pernas de pau, como Cintia Caroline. Ela se encantou pela prática assistindo a outras pernaltas em um bloco e, há cinco anos, resolveu aprender para também curtir a folia do alto. “É encantador aos olhos e é de uma potência muito grande. Tem toda essa carga que a gente traz enquanto mulher, muitas vezes oprimidas em determinadas situações mas, em cima da perna de pau, livres e felizes e mostrando toda a sua potência. Foi o que me fez querer estar nesse lugar também.”

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Cortejo do bloco Mulheres Rodadas, no centro do Rio de Janeiro- Tomaz Silva/Agência Brasil

E o encanto foi tão grande que hoje ela também desfila como pernalta em blocos de Belo Horizonte, onde mora: “Eu sempre faço esse início de carnaval no Rio, despois eu vou pra BH, e passo todo meu carnaval oficial lá, e no pós eu volto pro Rio”, explicou

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 Cinthia.

E esse carnaval prolongado do Rio de Janeiro é comemorado também pelos trabalhadores da folia, como Jaqueline dos Santos Ferreira, que vende drinks em festas de rua há cinco anos. Cada cortejo deixa a ambulante um pouquinho mais perto dos seus grandes sonhos: “Comprar minha casa e garantir que meus filhos façam faculdade. Esse é o meu projeto. Eu trabalho de quinta a domingo, e acho que esse ano vai ser muito bom de vendas”, torce Jaqueline.

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A vendedora ambulante

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 Jaqueline dos Santos Pereira com sua barraca de drinks na Rua do Mercado, no centro do Rio

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 – Tomaz Silva/Agência Brasil

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