Brasil teve saldo positivo de 71 mil vagas ocupadas por estrangeiros

Brasil teve saldo positivo de 71 mil vagas ocupadas por estrangeiros


Brasil teve saldo positivo de 71 mil vagas ocupadas por estrangeiros

O mercado de trabalho formal brasileiro registrou, em 2024, um saldo positivo de 71 mil vagas ocupadas por estrangeiros, segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).ebc Brasil teve saldo positivo de 71 mil vagas ocupadas por estrangeirosebc Brasil teve saldo positivo de 71 mil vagas ocupadas por estrangeiros

O resultado, que considera os postos celetistas, é 50,1% maior que o registrado em 2023, quando o saldo foi 47,3 mil vagas ocupadas por estrangeiros no mercado de trabalho brasileiro.

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Essa é a maior elevação, para um único ano, desde que o Caged mudou sua metodologia, em 2020. Em 2022, o saldo de novos postos ocupados por estrangeiros no Brasil foi 36 mil; em 2021, 5,3 mil; e em 2020, 24,8 mil.

Segundo a FecomercioSP, os setores que exerceram maior atração aos estrangeiros foram a indústria de transformação, com saldo de 27,5 mil trabalhadores celetistas; o comércio e reparação de veículos, com 15,2 mil novos postos; serviços administrativos e complementares (7,2 mil); serviços de alojamento e alimentação (5,8 mil); e construção civil (4,8 mil). O mercado catarinense foi o que se expandiu com mais força para os estrangeiros, gerando 18,9 mil novas vagas.

Os dados mais recentes sobre a origem dos estrangeiros presentes no mercado de trabalho brasileiro são de 2023 e indicam que 44,3% da mão de obra do exterior era de cidadãos da Venezuela, seguidos pelos haitianos (15,8%); paraguaios (4,8%); argentinos (4,2%); e cubanos (2,9%).

“O ótimo momento do mercado de trabalho do Brasil (uma taxa média de desemprego recorde de apenas 6,6%, de acordo com o IBGE) reflete em vários aspectos, como aumento da massa de salários e da média de renda da população e, agora, também é possível ver como ele tem impacto sobre países da América Latina”, destacou a FecomercioSP, em nota.

Segundo a entidade, o fato de dois terços dessa mão de obra ser preenchida por pessoas de países em crise, como a Venezuela e Haiti, mostra que o Brasil pode elaborar políticas públicas voltadas para a absorção delas.

“Conta muito, por exemplo, a razoável escolaridade desses migrantes, além do fato de serem jovens e de virem ao nosso país em busca de melhores condições de vida. Não só isso, mas empregá-las também gera um efeito social relevante, porque proporciona renda, acesso ao sistema de crédito e proteção institucional, já que o regime celetista garante uma série de benefícios ao trabalhador”.

A FecomercioSP reforça que, se a tendência é que esse fenômeno continue crescendo, o país poderia utilizá-lo para melhorar a produção nacional e expandir os setores que mais demandam por mão de obra.