A defesa do idoso Aloysio Augusto da Costa, de 83 anos, acusado por um segurança de um restaurante italiano em Ipanema, no Rio de Janeiro, de injúria racial, pediu na quarta-feira (14) a dispensa de depoimento, que estava marcado para ser realizado na 14ª DP (Leblon).

De acordo com o laudo médico, o diagnóstico de Aloysio compromete “a capacidade de julgamento e tomada de decisões referentes aos atos da vida civil”.

Lucas Rodrigues Neves, que trabalha como segurança em um restaurante italiano em Ipanema, na Zona Sul do Rio, acusa Aloysio Augusto da Costa, que é morador da região, de injúria racial. Em vídeo, o idoso aparece chamando o funcionário de “neguinho”, além de outros insultos.

Em entrevista à CNNa delegada Daniela Terra revelou que advogado do Aloysio apresentou um laudo médico informando que seu cliente apresenta um quadro de demência e Alzheimer.

O caso foi registrado na 14ª DP (Leblon), está em andamento para esclarecer os fatos e outros depoimentos estão previstos para a próxima semana.

Lucas se pronunciou através de um stories no Instagram e informou que conquistou a “visibilidade que sempre quis pelo motivo que mais temia. Sempre achei que quando eu aparecesse na TV seria para mostrar a minha arte, o que de fato merece ser visto”.

Ele finalizou dizendo que fez de tudo para não tornar o caso público, para que não machucasse os seus familiares. “Não quero palco, quero Justiça, a do homem e a de Deus”;

A defesa de Lucas informou que eles estão acompanhando e colaborando com o procedimento investigativo. “Na próxima segunda-feira, dia 19, haverá novo depoimento do meu cliente, bem como de testemunhas do fato apurado”. Já a defesa do idoso revelou que para “preservar a condição do senhor Aloysio”, eles não vão se manifestar.

Em nota, o restaurante Babbo Osteria afirmou que dia 15 de maio de 2023 foi feito o primeiro boletim de ocorrência e dia 10 de junho um novo, ambos denunciando atitudes racistas contra um de nossos colaboradores por parte de um vizinho.

O restaurante disse ainda que todas as medidas cabíveis foram tomadas para apoiar e proteger a vítima e também, que não tolera qualquer tipo de atitude preconceituosa e “preza pelo respeito e não admitimos qualquer ato de preconceito na casa”.