Investigado por ligação com Hezbollah diz em depoimento que foi recrutado
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Um dos investigados pela Polícia Federal por planejar ataques a prédios da comunidade judaica no Brasil confirmou em depoimento que foi recrutado pelo grupo radical islâmico Hezbollah, segundo apurou a CNN.
Esse investigado é um dos 11 suspeitos alvos de mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira em Brasília, Minas Gerais e São Paulo. Outros dois foram alvos de mandado de prisão.
A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) também foi acionada para prender dois brasileiros no Líbano. Eles, agora, são considerados foragidos internacionais.
A Operação Trapiche, deflagrada pela Polícia Federal na quarta, foi deflagrada para impedir a articulação de atos terroristas no Brasil, além de juntar provas de possíveis recrutamentos de brasileiros para a prática de atos extremistas em território nacional.
A operação teve início após um trabalho conjunto de inteligência entre a Polícia Federal, a agência de espionagem israelense Mossad e outras agências internacionais dos Estados Unidos. Segundo a investigação da PF, os brasileiros, ligados ao Hezbollah, preparavam ataques a prédios da comunidade judaica no país.
As duas prisões foram feitas em São Paulo. Um dos detidos foi apreendido no Aeroporto de Guarulhos, com US$ 5 mil, após desembarcar de uma viagem ao Líbano. A polícia acredita que ele tenha chegado com o intuito de repassar informações ao companheiro e dar seguimento aos ataques.
Segundo a lei brasileira, tanto recrutadores quanto recrutados devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organizações terroristas, além de realizar atos preparatórios de terrorismo. A pena máxima pode chegar a 15 anos e 6 meses de prisão, sem possibilidade de fiança ou anistia, visto que os crimes previstos na Lei de Terrorismo são equiparados a hediondos.