O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) determinou a soltura de Mário Sérgio Grativol, ex-namorado de Susane Martins da Silva,  que foi presa na semana passada suspeita de assassinar Lindaci Viegas Batista de Carvalho com bombons envenados, na zona norte do Rio.

Gravitol também tinha tido um relacionamento com Lindaci e tinha sido preso preventivamente após a deflagração do caso.

De acordo com o TJ, com a prisão de sua ex-namorada, não havia mais requisitos que sustentassem a reclusão preventiva de Gravitol.

“O que fundamentava a prisão do acusado era a necessidade de garantir a integridade física e mental da vítima. Entretanto, com a prisão da vítima, não há mais fundamento para a manutenção da prisão, pois o acusado não possui meios de ter contato com ela”, disse o TJRJ em nota à CNN.

“Além disso, foram fixadas medidas protetivas na hipótese de a vítima vir a ser colocada em liberdade. Não é possível ter acesso a mais informações porque o processo tramita em segredo de justiça.”

Crime passional

Susane foi presa na quarta-feira (24) no bairro de Acari, na zona norte do Rio de Janeiro, suspeita de envenenar outra mulher.

De acordo com as investigações, a vítima, Lindaci Viegas Batista de Carvalho, de 54 anos, foi envenenada no dia do aniversário.

Em 20 de maio, um sábado, Lindaci recebeu um buquê de flores e bombons de uma pessoa anônima. Ela seguiu para um salão de beleza com o presente e, depois de comer o chocolate, passou mal.

A mulher foi levada para o Hospital Federal do Andaraí, mas já chegou em óbito na unidade.

Segundo a polícia, os bombons foram entregues por um motoboy que teria sido contratado pelo filho de Susane.

Os policiais chegaram até a acusada depois que o motoboy foi identificado e compareceu à 39ª DP (Pavuna) para prestar esclarecimentos.

As investigações mostram que o crime teria sido motivado porque Susane teve um relacionamento com o ex-companheiro de Lindaci, e desconfiou que o homem estava traindo ela com a vítima e resolveu se vingar.

A polícia cumpriu um mandado de prisão por homicídio duplamente qualificado contra a acusada, provocado por envenenamento e motivo fútil.