Pedreiro que viralizou ao passar na faculdade não poderá fazer o curso; entenda
Na última semana, a história de Adenilton Pedreiro viralizou nas redes sociais. No Twitter, sua filha Sara Linhares compartilhou o momento em que o pai recebeu sua aprovação no curso de filosofia pela Universidade Federal de Goiás (UFG).
“Meu pai todo lindinho com a roupa do serviço (ele é pedreiro) vendo que passou na UFG e vai fazer filosofia. O primeiro de toda a família dele a entrar na faculdade”, disse a jovem na legenda do emocionante vídeo que rodou a web nos últimos dias.
Meu pai todo lindinho com a roupa do serviço (ele é pedreiro) vendo que passou na UFG e vai fazer filosofia 😭 o primeiro de toda a família dele a entrar na faculdade 😭 pic.twitter.com/zzFw0sQa8O
— Sara Linhares (Ouça meu EP (@frozinhe) 3 de maio de 2023
Após muita comemoração da família e dos internautas, a família descobriu que Adenilton não poderia cursar a universidade por ter feito sua inscrição por meio de cotas raciais, mas não ter completado o ensino médio em escola pública.
Também pelo Twitter, a jovem compartilhou um vídeo do pai dando a notícia e explicando o acontecido.
“É gente, não deu certo… Quando fiz meu ensino médio, fiz por meio do EJA (Educação de Jovens e Adultos) e na pressa por concluir rápido para melhores oportunidades de emprego, acabei fazendo a etapa final pela escola particular. Na hora da matrícula nós usamos a cota racial e não nos atentamos ao fato que para qualquer cota é necessário ter concluído o ensino médio em escolas públicas”, explicaram.
Entretanto, Adenilton garantiu que o sonho não morreu e que, apesar de estar triste, ele continuará tentando.
É gente, não deu certo…
Quando fiz meu ensino médio, fiz por meio do EJA e na pressa por concluir rápido para melhores oportunidades de emprego, acabei fazendo a etapa final pela escola particular.
Na hora da matrícula nós usamos a cota racial e não nos atentamos ao pic.twitter.com/wFp1VYvoTx— Sara Linhares (Ouça meu EP (@frozinhe) 4 de maio de 2023
Como funciona o sistema?
A lei de cotas determina que metade das vagas das instituições de ensino superior públicas sejam destinadas a candidatos que estudaram os três anos do ensino médio em sistema público.
A lei também declara que, dentro do percentual de vagas reservadas para os alunos do sistema público de ensino, 50% deve ser para estudantes com renda mensal familiar igual ou menor que 1 salário mínimo e meio (atualmente equivalente a R$ 1.953), e a outra metade para as outras famílias.
Existem também, as vagas para os candidatos PPI (autodeclarados pretos, pardos e indígenas) que são reservadas dentro de cada faixa de renda.
Desde 2017, Pessoas com Deficiência (PcD) também fazem parte das vagas referentes à Lei de Cotas.
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