Polícia pedirá quebra do sigilo telefônico de envolvidos em caso de criança de SC encontrada em SP
Nicolas Gaspar, de 2 anos, deve deixar São Paulo nesta segunda-feira (15) em um avião do governo do estado de Santa Catarina.
A transferência do menino, que desapareceu no último dia 30 e foi encontrado quase dez dias depois na capital paulista, será feito de “forma sigilosa a fim de garantir a segurança e evitar qualquer tipo de exposição da criança, conforme consta na determinação judicial”.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) foi determinada a transferência do menino para um local de acolhimento a ser indicado pela Vara da Infância, em São José, na Grande Florianópolis.
Os avós maternos pediram na justiça a guarda do menino. Mas, segundo a defesa da família, o Ministério Público de São Paulo, solicitou um estudo psicossocial para os pais de Nathalia Gaspar, mãe do menino, e na tarde desta sexta-feira (12), o juiz da Vara determinou a avaliação técnica.
“Estamos todos ansiosos aqui em casa, são quase duas semanas já longe da gente. Além da saudade tem toda a distância da família que pode prejudicá-lo de alguma forma, já que está rodeado de pessoas estranhas”, afirmou Juliano Gaspar, tio de Nicolas, à CNN.
A criança foi encontrada pela Polícia de São Paulo com Roberta Porfirio de Sousa Santos, de 41 anos, e Marcelo Valverde Valezi, de 52 anos, que tiveram a prisão convertida para preventiva na última quarta-feira (10). Eles contaram à PM paulista que Roberta tinha interesse em ficar com a criança e Marcelo fez a intermediação com a mãe.
Anderson Henrique Alves Santos, marido da Roberta, e Juliana (de idade e sobrenome não identificados), esposa de Marcelo, também estão sendo investigados.
As investigações do caso seguem com a Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DCAMI/PCSC) de São José. A Polícia Civil de Santa Catarina pretende pedir a quebra do sigilo bancário das cinco pessoas envolvidas no caso. Isso inclui os dois presos em São Paulo, seus cônjuges e Nathália. O objetivo é verificar se houve vantagem financeira na negociação que levou a entrega da criança por parte da mãe. Já foi identificada uma transferência no valor de R$ 100 de Juliana para Nathália.
A delegada Sandra Mara Pereira também está elaborando pedido para quebra de sigilo dos dados de celulares dos outros quatro envolvidos, uma vez que já houve o pedido e entrega dos dados de ligações telefônicas e corridas em aplicativos transporte da mãe do Nicolas. Nathália já foi ouvida pela Polícia, mas os demais envolvidos ainda não prestaram depoimentos.
A defesa de Marcelo e Roberta afirmaram que vão entrar com pedido de liberdade provisória e habeas corpus.
Compartilhe: