Quem deixar para a última hora pode não conseguir quitar o IR, diz especialista
Cerca de 6 milhões de brasileiros têm até o fim da próxima quarta-feira (31) para entregar a declaração do Imposto de Renda.
O volume está dentro do esperado para o período, mas pode resultar em atrasos e multas para contribuintes que não conseguirem entregar a declaração dentro do prazo.
“Já houve relatos de congestionamentos no site da Receita Federal, então não deixar para a última hora é super importante, principalmente porque alguns contribuintes têm imposto de renda a pagar”, recomendou o sócio de impostos da EY Antonio Gil, em entrevista à CNN Rádio. “Deixar para quarta-feira, no final do dia, pode gerar uma falta de tempo para quitar o imposto de renda a pagar.”
Antonio Gil disse que observa um aumento no número de contribuintes em 2023, mesmo com uma série de isenções aplicadas neste ano, como as para investidores na Bolsa de Valores com vendas inferiores a R$ 40 mil. O sócio da EY estima que as novas isenções podem ter beneficiado até 1 milhão de contribuintes.
“Observo também um aumento em relação a investimentos”, afirmou Antonio Gil. “O brasileiro está investindo mais na renda variável, buscado novas fontes alternativas.”
Outro perfil que cresceu foi o dos trabalhadores autônomos. “Muita gente com empregos sem carteira assinada, mas que já tem cruzamento de dados e está fazendo a declaração pela primeira vez.”
Quem não enviar o acerto de contas no prazo pode ter que pagar uma multa de até 20% do valor do Imposto de Renda.
A recomendação de Antonio Gil para evitar penalizações é entregar a declaração mesmo que incompleta, para depois fazer os ajustes necessários. “Você deveria, até o dia 31, escolher o melhor modelo para você – o simplificado ou completo – porque você pode até retificar em junho, mas não pode mais escolher o modelo”, orienta.
Deve entregar a declaração quem recebeu mais do que R$ 28 mil no ano passado, ou quem recebeu cerca de R$ 2 mil por mês durante o ano. Esses valores são referentes a salários, aposentadorias, pensões e aluguéis.
A Receita Federal informou que já recebeu mais de 32 milhões de declarações e espera que esse número chegue a cerca de 38 milhões até o fim do prazo.
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