Respeita as minas!

Respeita as minas!

Sim, mano! Respeita as minas!

E não nos peça para nos darmos o respeito porque ele já é nosso por direito inclusive. E é de respeito que eu quero falar pelas próximas linhas.

Recentemente, retornamos muito a falar sobre casos de estupros. Casos que ganharam a mídia, as redes sociais, as conversas de elevador, a mesa do bar e os almoços de domingo. Que bom que estamos jogando luz novamente em uma situação alarmante. Em média, a cada 9 minutos, uma mulher é vítima de estupro no Brasil, de acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

E, justamente, por isso a gente precisa falar sobre estupro. E mais ainda, temos que falar sobre a cultura de estupro na qual vivemos, e que foi criada para ‘tolerar’ comportamentos – explícitos ou não – que silenciam ou relativizam a violência contra a mulher. Já parou para pensar sobre isso?

E ao contrário do que muitas cabeças pensam por aí: estupro não é apenas considerado se um homem pegar uma mulher a força e praticar um ato sexual sem consentimento atrás da moita. Não! O estupro é caracterizado pelo uso de violência e se considera qualquer tipo de ataque físico ou psicológico onde o agressor ameaça ou utiliza de força física para coagir a vítima a satisfazer o seu prazer. Não necessariamente é preciso ter penetração mas qualquer contato sexual de forma a constranger a vítima – como sexo oral, masturbação por exemplo – são considerados estupro. E digo mais: é crime!

Por isso, a cultura do estupro precisa ser discutida e desconstruída. E, sendo o estupro o crime mais silenciado de todos, temos que colocar voz nisso. Todos nós, temos que falar sobre isso e pensar sobre os comportamentos reproduzidos a longo de décadas que estruturam e fortificam essa cultura.

Tipo assim, chega de passar pano pro amiguinho entendeu? Não importa se isso foi hoje, ontem ou no tempo das cavernas. Sim, os tempos são outros! Os velhos tempos ficaram nos velhos tempos.

Está mais do que na hora de entender que a aparência física, a roupa não lhe dá o direito de achar que uma mulher está à sua disposição para o seu bel-prazer. Já está mais do que na hora de eliminar pensamentos que objetificam as mulheres, relativizam sua posição de vítima e as colocam quase como culpadas. Abominem a ideia de que homens podem abordar mulheres onde bem entenderem.

Então, entendam que NÃO É SEMPRE NÃO! E, acima de tudo, sempre RESPEITEM AS MINAS.

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