sobrevivente pediu ajuda para socorrer colega ferida e foi esfaqueada

sobrevivente pediu ajuda para socorrer colega ferida e foi esfaqueada

A professora Ana Célia da Rosa, 58 anos, uma das vítimas do ataque à escola estadual Thomazia Montoro, em São Paulo, na última segunda-feira (27), prestou depoimento no 34° DP (Vila Sônia) nesta quinta-feira (30). O testemunho durou cerca de meia hora.

Em conversa com a imprensa, a professora de História contou que não tinha contato com o autor do ataque e que ouviu gritos dos alunos pedindo ajuda para socorrer a professora Elisabeth Tenreiro, 71, que não resistiu aos ferimentos e morreu.

“Eu não sabia o que tinha acontecido, achei que ela tinha passado mal. Quando cheguei, ela estava caída e com um monte de sangue. Eu pedi ajuda para ele e levei a primeira facada. Eu nem tinha reparado que ele estava de máscara”, disse.

Ana Célia foi atingida na cabeça, na mão e nas pernas. Ela ficou internada no Hospital das Clínicas e contou que levou mais de 64 pontos. Questionada sobre o que sentia pelo aluno, ela disse, emocionada, que sente dó.

“Ele é só uma criança. Ele é vítima do sistema. Eu quero que ele encontre na vida dele um anjo da guarda também, porque o meu não dorme”, desabafa.

A professora também contou que vai voltar a dar aula em breve. “Eu não posso abandonar por causa desse pequeno grande acidente. Ele não foi atacar a mim, ele iria atacar quem estivesse na frente”, afirmou.

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