Violência no Brasil é doença social
No ano passado, o Brasil teve o menor número de mortes violentas nos últimos 11 anos. Mesmo assim, não dá para comemorar. Comemorar que “só” foram registradas 47.508 mortes? Mesmo sendo o menor da última década, esse número continua fazendo do Brasil e de algumas de suas cidades um dos lugares mais violentos do mundo.
Os últimos dados confiáveis são de três anos atrás, e eles indicam que o Brasil, com pouco mais de 2% dos habitantes do planeta, reúne mais de 20% das mortes violentas. As razões para a diminuição do número de mortes violentas são várias, e os números diferem a depender da região.
Algumas políticas estaduais de integração do trabalho policial parecem ter surtido efeitos positivos. Até mesmo a alteração na composição da pirâmide demográfica, com diminuição relativa do número de jovens, ajuda a explicar. Mas a questão principal continua de pé.
Como entender que o Brasil exiba há tanto tempo um padrão de violência tão alto na comparação com outros países de renda similar à nossa, e também com desigualdade de renda?
É um gravíssimo problema de doença social.
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